Banco de Tecido mostra como criar um modelo de negócio circular

O Banco de Tecido é um sistema de circulação de tecido que dá novo ciclo às sobras têxteis que ficariam esquecidas ou seriam descartadas de forma indevida.

https://vimeo.com/190029410

Tudo começou com a cenógrafa e figurinista Lu Bueno, que trabalhava com teatro, publicidade e cinema em São Paulo. Ao longo da carreira, foi juntando roupas e tecidos para seus trabalhos. Quando percebeu, tinha um acervo imenso. E estava, naturalmente, fazendo inúmeras trocas a partir dele.

Pelo volume de pedidos e pela importância de dar destino adequado ao material têxtil, a operação virou semente de um novo negócio

Lu criou o Banco de Tecido, um lugar onde se pode depositar e retirar tecidos mediante troca ou compra & venda. É uma forma de estender o ciclo de uso do que estava parado e de oferecer uma alternativa sustentável para artesãs, marcas de moda e outros agentes que precisam se adequar à Política Nacional de Resíduos Sólidos. Abaixo, o modelo de negócios do Banco de Tecido é muito bem explicado pela própria Lu Bueno, em uma websérie do SEBRAE:

Em cinco anos, o Banco de Tecido recebeu prêmios no Brasil e no Exterior. Foi eleito uma das dez empresas mais inovadoras da área têxtil pela C&A Foundation e pela Ashoka. Passou por acelerações, como a do próprio SEBRAE, e destacou-se como negócio social com pensamento circular. Hoje, existem unidades em funcionamento em São Paulo, no Paraná e no Rio Grande do Sul.

Em 2019, o Banco de Tecido atingiu um momento-chave: precisava crescer para aumentar o impacto sócio-ambiental de sua operação e levar gestão de resíduos para a indústria brasileira. Além disso, com o passar de cinco anos, a estrutura da empresa tinha se avolumado. Tornou-se necessário aumentar a entrada de dinheiro.

Foi aí que a CORA entrou em ação.

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Lu Bueno é CEO do Banco de Tecido — mas nunca deixou de atuar na operação (foto: Tiago Drummond)

Organizamos o trabalho em duas etapas:

1 #imersão estratégica

Desembarcamos em São Paulo para conhecer cada detalhe do projeto, assim como os sócios e colaboradores. Foram dias de muito post-it e construção coletiva. A partir de um diagnóstico do funcionamento da empresa, definimos prioridades de investimento para 2020 e estabelecemos etapas para a expansão do negócio.

2 #plano de ação

Além de um relatório do cenário e das oportunidades identificadas na imersão, criamos listas de tarefas para os diferentes setores da empresa, que atuariam em paralelo no momento da expansão do Banco de Tecido.

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No celular do Olinto, Marina Giongo, gestora da unidade de Porto Alegre. Além de Laura Madalosso e Raquel Chamis, da CORA, os sócios do Banco de Tecido, Luciana Bueno e Omar Taleb

Para saber mais sobre o Banco de Tecido:

  1. Como o Banco de Tecido ganha dinheiro e preserva o meio ambiente eliminando o desperdício na cadeia têxtil“, matéria de Erin Mizuta para o Projeto Draft;
  2. Banco de Tecido, economia criativa e sustentável — empresas que você deveria conhecer“, matéria de Ismael dos Anjos para o papo de Homem.

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